o saber viver nasce do experimentar
respirar continua sendo
o produto mais caro que se possa comprar
AQUI, UM ARQUIVO DO QUE ESTÁ ACONTECENDO NA MINHA CABEÇA E NO MEU CORAÇÃO DE POETA. NOVOS POEMAS QUE NÃO CABEM MAIS NO BLOG http://alexandreloucoamor.blogspot.com. HÁ TAMBÉM AS COISAS QUE ESTOU ESCREVENDO COMO ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO; PUBLICIDADES QUE TENHO FEITO SÓ OU EM PARCERIA; FATOS QUE ME SUGAM OU QUE ME EXPURGAM, ENFIM, O QUE MEXE COMIGO.
A vontade foi tão grande
Tinha uma parada de álcool no meio
É melhor parar de falar sobre esse assunto
Já que acabou
Amanhã é aquela loucura
Ressaca fenomenal
Cérebro zero
Mas às 17h coração diparou
Tentei...
Nada! Mas foi tudo!
E agora como vai ser amanhã
O cara falou:
- Quero te fazer gozar
- Que nada cara
Precisa nada disso
Vamo rolar e ver no que dá
Veio tudo errado
Deu uma dormência na boca
Nada puro, semi-puro
Nada de Tum!
Mas é nenhuma
A essa altura
É melhor parar com isso
E tentar dormir em frente à Tv ligada
O Jacintinho é uma cidade que não dorme
Um shopping aberto 24 horas por dia
Uníssona na pseudo moderna Maceiork
Pra dormir no Jacintinho
Nem precisa de ventilador
É um friinho, chão geladinho
A água aqui é muito boa
Mas boa mesmo é a feira
E essa gente sem besteira
Essa gente morena, plena
Homens, jovens nas calçadas,
Velhinhos de chapéus
Mulheres sem véus,
Negros de camisa
Pra não serem confundidos
Com ladrões pelos grilhões
No meio da rua, na feira
Esse formigueiro quente de gente
Acordar cedinho no Jacintinho
Cinco e meia pra comprar o pão
Inda tem gente de copo na mão
E trabalhadores já no ponto do busão
Quero mesmo é me perder descalço
Em labirintos sem percalços
Vendo as barracas de madeira
Mercados de frutas, ervas, raízes
Remédios pra dores, brochas, cicatrizes
Tem lojas com blusas de cinco reais
Mas as de móveis são caras demais
Bananas maduras, acerolas novinhas,
Uvas sem sementes e goiabas limpinhas
Alecrim, hortelã, erva-doce, canela
Lojas CDs e DVDs piratas, de panelas
De roupas, moveis e eletrônicos usados
Tem de tudo nesse Jacintinho imperioso
Ciclista, pedestre que atravessa impetuoso
Transitam melhor que motoristas assustados
Mas se tá com pressa não pegue a Via Expressa
Em horário de rush o trânsito é lento e emperra
Já experimentou morar ou passar dia no Jaça?
Vai conhecer uma gente educada, feliz, amada
Fazer amigos, desfrutar de alegria familiar
Sentar nas mesas,tomar café quentinho, jantar
Passar manteiga no pão morninho do Jacintinho
Ao contrário do que se pensa e se preconceitua
As pessoas dão bom dia, boa tarde e boa noite
Mas não pense que essa cidade vai ser facilmente tua
Não pense que vai poder usar essa gente decente
Lá você precisa ser aceito, buscar o seu respeito
Porque a humildade também tem os seus preceitos
O Jacintinho e seu povo são uma luz no meu caminho
É hora de chutar o cachorro morto-vivo bebum
Que implora por um tratamento ou coisa assim
Mas quando chega o verbo a grana ele inverte-se
Reveste-se de raio de sol e sai clareando a noite
Com seu perfil estonteante, riso deslumbrante
Seus olhos que nem ele sabe de que, amém
Atrai os vadios mais belos das paragens noturnas
É uma espécie de garçonete vingativa de Brecht
Marionete dos vagamundos vigorosos e imundos
A Geni tropical que prefere surfistas a cientistas
eu amo tanto a vida
que sou capaz de morrer por ela
eu gosto mesmo é de pirar nesse mundão
e de fazer muito amor bonito
quisera deus me desse mais um grande amor
deslizo nas teclas do computer como se fosse
um corpo amado eis que sei seu nobre valor
e quero sabê-lo sempre
porque grande amor é o nome da vida
grande amor é meu nome