A tristeza é o manto negro da morte
Uma chuva cai perene em tua cabeça
O tempo está sempre, sempre fechado
Teu bom dia é navalha fúnebre afiada
O manto negro sobre teu corpo blue
Se arrastando com a lamparina fraca
Pra lugar nenhum parasitando e nú
A tua dor entra em mim como fumaça
Inteligentemente aonde for, me aplaca
E toda aura de felicidade que eu ofertar
Amarela, se envergonha, perde a graça
Lembro das nossas noites de glória
Rodando e bebendo pela cidade
Ouvindo e cantando pela estrada
Nossas músicas, tua linda voz fina
Teu jeito teatral, magistral, celestial
Desses teus olhos bons desprotegidos
Que pediam amor, benção, perdão
Dor pode se transmutar em canção?
Deles só restam o fel e a severidade
Embotados em arrotos flatulências
Estufados no SOS da sobrevivência
No reverso das canções e do amor