Pra onde vocês vão nessa seriedade
esse momento burocrático não me cabe
As parcerias são construtivas mas entediantes
enfadonhas reuniões com trocentas instituições
todo mundo louco atrás de dinheiro
minha casa é linda não moro em pardieiro
corri feito louco pra chegar aqui
mas não quero viver num cativeiro
tenho medo da política paralítica
mas quero ser mais valorizado
te amo nega você me fez respaldado
mas preciso que o poder não me afaste de você
você acha que sou mais jornalista que poeta
e me acho mais eremita que profeta
posso viver sem nada lá em cima da montanha
mas tudo que faço é você quem ganha
não deixe que destruam nosso amor
desça desse patamar veja onde eu estou
há uma tristeza aqui dentro que não sei se você sabe
todo mundo entra no meu coração mas ninguém nele cabe
tudo é tão pseudo-profissional ao seu redor
que tenho saudade de olhar os vales e a lua cheia com você
e logo eu que não tenho nenhum parentesco pra te ter
quero que você supere novamente o pior
e me leve com você pra onde há sol
porque o por do sol é o nosso passado
e com você posso ficar ilhado
que amarei sempre o mar, o mato o arado
tem tanta gente ao redor de você
que você não consegue me ver
sempre falei pra todo mundo
que você é o que resta de selvagem na cidade
logo você, a luz mais otimista de um mundo melhor
me deixa novamente distante de tua mente
estou aqui no silêncio da minha loucura
tentando estar do seu lado apesar das agruras
não é esquizofrenia é que não há mais sintonia
entre mim e você sempre haverá prazer
e eu quero continuar te vendo sendo seu
me dá tua mão, pega meu coração deixa o resto morrer
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