Louco de Amor
é o blog de poemas eletrônicos
do jornalista e escritor alagoano
Alexandre Câmara (http://www.alexandreloucoamor.blogspot.com/).
Versos que remontam de 85
até os dias de hoje e que muitas vezes
desnorteiam e desconsertam
os leitores mais desavisados
pela coragem e sinceridade de Alexandre
em dizer o indizível
quer seja sobre seu sentimento
pelo objeto de desejo ou sobre si próprio.
O amor desmedido, a paixão idolatrada,
o sexo recorrente e a crítica social
são os pilares desse
poeta irrequieto
O blog Louco de Amor consta de quatro livros escritos ao longo de sua vida e só agora publicados eletronicamente: Louco de Amor, o mais recente que dá título ao blog; Pedra de Rio; Do Amor Inocente eCoração Selvagem.
O livro Do Amor Inocente traz Alexandre completamente imerso nas entranhas do amor profundo que ilumina o poeta. O livro revela o contexto de uma relação conturbada entre a submissão, a entrega total, a loucura, o desregramento dos sentidos e o desvario. Há ainda o desejo de continuar amando e de abandonar a relação mediante o sofrimento. Esse caleidoscópio de eventos faz Do Amor Inocente um livro ao mesmo tempo delicado e absurdo no enlace clássico de Eros e Tanatus. Foi publicado experimentalmente como trabalho de conclusão de curso da jornalista e escritora alagoana Patrícia Vasconcelos (Patrícia Pavas), que prefacia o livro.
PREFÁCIO
Alexe (Alexandre Câmara) expõe até as vísceras. Linguagem de músculos enrijecidos, dentes trincados de dor, olhos alucinados entre a morte e a paixão.
A voz de Alexe sai jorrada mas mantendo sempre uma coerência. A coerência dos iluminados e, por isso, “loucos”.
Ao se deter sobre seu amor, ele nos dá um exemplo clássico do que seja uma passionalidade; acrítico, abalado, impregnado de um sentimento que chega a anulá-lo, ele se põe servo e adora-o.
Em se tratando de características gerais, Alexe vem da tradição de Walt Whitman e Allen Ginsberg, ambos grandes poetas norte-americanos, que fizeram da estrada mais do que um divertimento, uma religião.
É na estrada que se encontra uma vida inesperada, multiforme, qualidades que se diluíram depois que o homem, através da Revolução Industrial, mecanizou em todos os níveis o nosso dia-a-dia. Seguir viagem, sem casa definida, sem emprego definido, foi um paliativo para uma sociedade que ameaçou “por tudo em ordem”, e cumpriu.
Assim como eles, no entanto dando uma versão personalíssima da literatura “on the road”, Alexe fala de drogas e de namoro de pessoas do mesmo sexo, não com uma atitude engajista, panfletária, mas de alguém que está além do “normal” sem ser anormal e, sobretudo, com naturalidade e paixão.
Patrícia Vasconcelos (Pavas)
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